AUTO-RETRATO ABSTRATO.

Eu tenho um mundo confortável pra mim

O trabalho narra a pulsão, o inconsciente, que se movem em direção à algo, nem sempre tem objeto específico, mas se move. Tentativa de traduzir o desejo de um corpo em ser visto, observado com outros olhos, ganhar novos símbolos, transcender à ordens impostas que encarceram as possibilidades de criação de si. Criar uma ética que resgate a perseverança do desejo em ser o que se é, se movendo em direção a criação, a vida, ao ritmo e ao movimento. Refazer uma língua. Diz Lacan, que o real faz um acordo entre o corpo e a linguagem, que acordos são esses? É possível refazê-los? Que outras línguas podemos criar para falar das coisas, de nós? Uma palavra que se aproxime da verdade, a verdade do desejo, ser aquilo que ainda não existe. Ativar aquilo que ficou disperso em algum lugar pelas forças que existem aqui. Ainda existe tempo para interioridade? O sonho?

Deixe um comentário